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Serviços “on demand” podem ser solução logística para pequenos empresários; saiba como escolher

Logística pode ser um desafio: se transporte, armazenamento e distribuição forem realizados de forma ineficiente, a cadeia produtiva e os resultados são prejudicados

A distância entre produto e cliente pode ser determinante para o sucesso de um negócio. Aproximá-los é o desafio das empresas que, por meio da tecnologia, procuram reduzir custos e acelerar a entrega das encomendas – ramo que atrai cada vez mais a atenção dos pequenos e médios empresários.

“A compra não termina quando o consumidor passa o cartão de crédito para efetuar o pagamento, mas, sim, quando ele recebe o produto”, afirma Ray Barrenechea, city manager em São Paulo da Shippify, plataforma que conecta entregadores a firmas interessadas em enviar objetos tão variados quanto flores, saladas ou vestidos de noiva.

Para Barrenechea, o mercado de e-commerce vem crescendo na América Latina, mas a logística não acompanhou esse ritmo. “É comum esperar de cinco a 12 dias úteis por uma entrega, isso quando não ocorre nenhum problema de extravio”, explica. “O empreendedor acaba achando que fazer seu cliente esperar esse tempo todo é ok, por falta de opção. Mas o consumidor não quer esperar, quer receber hoje. E é isso que fazemos”, afirma.

A possibilidade de solicitar um motofretista a todo o momento, a partir de qualquer lugar, com flexibilidade para se adaptar à demanda e cujo serviço será pago apenas quando executado, também é a proposta da Loggi, que atua no setor desde 2013.

“A tecnologia oferece a flexibilidade necessária para atender a variados volumes de entregas e mantém a agilidade, sem precisar de uma estrutura dedicada. É um serviço totalmente on demand”, explica Juliana Clemente, VP de comunicação corporativa da Loggi. Com mais de 1 milhão de entregas mensais para 255 mil clientes, a empresa mantém uma média de crescimento de três dígitos anualmente.

Assim como a Loggi, a Shippify surgiu quando seus fundadores, Miguel Torres e Luis Loaiza, tentaram vender algo pela internet e descobriram que a entrega era um processo lento, caro e ineficiente. Atualmente, a Shippify tem uma comunidade de 40 mil entregadores e mil empresas cadastradas.

PMEs

Para as pequenas e médias empresas, a logística pode ser um desafio: se o transporte, o armazenamento e a distribuição dos produtos forem realizados de forma ineficiente, toda a cadeia produtiva e os resultados são prejudicados.

“O pequeno empresário deve optar por entregas mais ágeis e que proporcionem uma melhor experiência para as pessoas” diz Juliana, da Loggi. “Nas cidades onde a Loggi atua, as entregas são feitas no mesmo dia. Optando pelos métodos de envio tradicionais, o prazo pode ser consideravelmente maior”, explica.

Segundo a assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), mesmo para as pequenas corporações, é possível usar o frete como uma estratégia de vendas, em vez de focar somente no olhar de custo.

Segundo a Entidade, apesar de o dispêndio estar entre os principais aspectos que devem ser considerados, é preciso entendê-lo de forma ampla. A companhia deve avaliar também qual o custo para a imagem da firma de não entregar no prazo, por exemplo. Entre os questionamentos que devem ser feitos, estão: qual o valor da falta de confiança? Qual a perda caso a mercadoria chegue danificada aos clientes? Qual o custo do retrabalho por problemas de entrega?

Dessa forma, analisa Barrenechea, da Shippify, a logística tem de ser vista como um diferencial competitivo. As PMEs devem observar, inclusive se um fornecedor possui capacidade de atender em momentos de pico, como a Black Friday e o Natal. “O consumidor final deseja saber, em tempo real, o que está acontecendo com o produto”, diz o gerente. “Dessa forma, usando a tecnologia na experiência de compra, pequenos empresários conseguem fidelizar seu público”, completa.

Escolha do fornecedor

Para a FecomercioSP, ao escolher um operador logístico, é preciso fazer uma avaliação de quem ele já atende e ter clareza da cobertura da área geográfica, bem como do histórico da empresa naquele local de atendimento. Alem disso, é preciso observar garantias típicas de seguro em caso de furtos ou roubos de cargas expressas.

A escolha entre um operador privado e os Correios deve se basear no modelo de negócios e depende de quem é o público-alvo, da região geográfica e do seguro, entre outros fatores que irão compor o custo de frete da entrega dos produtos.


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(FONTE: FECOMERCIO)